A Phelcom, startup investida pelo Hospital Israelita Albert Einstein e que busca ampliar o acesso à oftalmologia no país, foi uma das vencedoras do prêmio WSA 2020. O WSA foi fundado em 2003, pela Áustria, no âmbito do UN World Summit on Information Society e reconhece iniciativas tecnológicas de impacto e que contribuem para o alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODSs) das Nações Unidas.
Para ser eleita uma das 40 vencedoras da edição de 2020, a Phelcom foi avaliada por um júri formado por 43 especialistas nos mais variados temas, que analisaram 342 soluções de mais de 180 países em oito grandes áreas: saúde, cidadania, educação, meio-ambiente, cultura, urbanização, negócios e empoderamento.
A avaliação pelo júri foi em duas fases e levou três dias. No fim, a Phelcom, criadora do Eyer, foi escolhida como uma das cinco ganhadoras no setor da saúde, ao lado de projetos da Alemanha, Bélgica, China e Finlândia.
“A WSA busca soluções inovadoras que possam contribuir com o planeta. O Eyer reúne tudo o que eles querem, temos o aspecto da mobilidade (mobile health), a telemedicina, que é nosso serviço na nuvem, e a inteligência artificial que desenvolvemos. Essa mistura entre saúde e prevenção que foi levada em conta”, explica José Augusto Stuchi, CEO da Phelcom.
O Eyer é uma câmera portátil que pode ser acoplada a um smartphone para fazer o exame de fundo nos pacientes, mas com a qualidade de imagem do tradicional retinógrafo de mesa. Ele é considerado uma tecnologia disruptiva, porque custa até dez vezes menos e pode ser transportado com facilidade, possibilitando acesso a exames oftalmológicos a custos menores e a populações em regiões remotas. As imagens feitas podem ser sincronizadas com o EyerCloud, o serviço na nuvem, onde todos os exames podem ser armazenados e conectados a outros sistemas.
A história da Phelcom
Lançado em abril de 2019, o Eyer já foi adotado por cerca de 850 profissionais, segundo a startup, e com cerca de 200 mil exames realizados.
“Esse prêmio é muito importante, porque a gente é uma startup jovem. Lançamos nosso produto há um ano e meio e já temos 200 mil pacientes examinados com o Eyer. Estamos exportando para os EUA agora. Esse é um prêmio para o time que desenvolveu o produto”, diz Stuchi.
A startup foi criada por três ex-alunos da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos, José Augusto Stuchi, Diego Lencione e Flávio Vieira. Para desenvolver sua solução, a empresa recebeu aportes da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e do Programa de Promoção da Economia Criativa da Samsung e, desde agosto de 2018, faz parte do ecossistema da Eretz.bio, tendo sido investida pelo Einstein.
“A Eretz contribuiu muito com a Phelcom do ponto de vista do negócio. Nosso produto tinha sido bem desenvolvido, depois de muitos anos de pesquisa, e a Eretz, com mentorias e palestras, ajudou a afunilar essa parte de mercado, de nos mostrar que o digital era o caminho que deveríamos seguir e de buscar receitas recorrentes”, avalia Stuchi.
A Phelcom agora será homenageada no WSA Global Congress, um dos eventos da instituição, com audiência internacional, de 22 a 24 de março.
E clicando aqui você pode conhecer as outras startups incubadas nas Eretz.bio: https://www.eretz.bio/startups/