Empatia: essa palavra tem ganhado cada vez mais importância nas relações interpessoais e também no mundo dos negócios. O dicionário define como a capacidade de se projetar no outro, isto é, colocar-se no lugar de outra pessoa para tentar compreender o que ela está passando. E esse também é o primeiro passo do design thinking, uma das novas abordagens no campo da inovação.
Design thinking é uma abordagem para resolver problemas verdadeiramente complexos, muitas vezes de forma disruptiva. E o que a torna tão diferente de outros métodos de inovação? É que coloca as pessoas, os stakeholders, no centro do processo.
Enxergar os problemas enfrentados por pessoas é uma tarefa bastante complicada. Muitas vezes, a dificuldade que enfrentam não é latente nem mesmo para elas. Também é difícil definir a solução que buscam. Afinal, como saber o produto que querem se ele ainda nem existe? Para responder a perguntas como essa, o Hospital Israelita Albert Einstein aplica uma metodologia para resolução de problemas complexos a partir do design thinking e do biodesign.
Nela, a empatia é o primeiro passo do processo de inovação. É uma imersão no problema das pessoas, vivendo a experiência dos usuários de olho em encontrar as dificuldades em seu contexto real. Também são feitas observações e entrevistas em busca de identificar e definir o problema.
Além disso, acontece um deep dive, relacionando o problema com soluções já existentes, com os stakeholders e com a análise do mercado para determinar a melhor oportunidade para atender a necessidade inicial.
Para o Einstein, entender a necessidade da pessoa é tão importante que essa etapa leva mais da metade do tempo da jornada de inovação. Assim que a necessidade foi definida, tem início o processo de ideação para resolvê-la, seguido pela prototipagem, a construção de uma versão inicial da solução. Com o protótipo na mão, começa uma etapa chamada de iteração e validação da ideia. E só depois de testar e melhorar o protótipo é que ele avança para as próximas fases da criação do produto.
Esse processo é muito rápido: da definição do problema à construção do protótipo pode levar cinco dias.
Com o foco sempre em melhorar a qualidade de vida do paciente, a área de inovação do Einstein tem sido reconhecida. Neste ano, a instituição foi premiada com o segundo lugar no ranking entre as empresas mais inovadoras do Brasil pelo Valor.
Um dos cases de sucesso é o Escala, um software criado dentro do Laboratório de Inovação do Einstein para resolver um antigo problema dos médicos: diminuir o tempo gasto para a montagem de horários de trabalho, plantão e feriados e permitir que esses profissionais direcionem seus esforços ao atendimento dos pacientes. Hoje, o Escala está em mais de 100 clientes de 20 estados brasileiros, além do DF. Outros exemplos de produtos que surgiram internamente são as plataformas Teledermato e Varstation.
A metodologia do Einstein não fica restrita apenas ao próprio hospital. Ela faz parte de uma frente de Open Innovation com assessoria para parceiros, como pequenas e médias empresas, quando há oportunidade de sinergia na execução de projetos. Além disso, ao longo do ano, também são realizados capacitações in company, cursos e workshops sobre as abordagens aplicadas no campo da inovação.
E se você quiser aprender como funciona o processo de inovação do Einstein diretamente com os profissionais envolvidos, fique ligado em nossa agenda de eventos e de capacitações: https://www.eretz.bio/eventos/