O setor da saúde está atravessando, nesses últimos anos, uma significativa transformação, impulsionada pela chegada de novas tecnologias, como softwares e aplicativos, assim como pelo surgimento de novas terapias, medicamentos, métodos de diagnóstico e dispositivos médicos.
Essa mudança também se estende à formação da próxima geração de profissionais de saúde.
As startups dessa área — conhecidas como edtechs — estão desenvolvendo soluções que facilitam o processo de aprendizado e preparam os alunos para enfrentar os desafios da profissão. Abaixo, apresentamos três startups brasileiras que se destacam no campo da educação em saúde:
MEDWAY
Fundada por Alexandre Remor, João Vitor Fernando e Micael Hamra, a Medway tem como objetivo auxiliar o médico em início de carreira nos estudos para as provas de residência mais concorridas do país, como USP, Unicamp, EPM e Einstein, entre outras.
Para isso, oferece uma experiência educacional que inclui aulas gravadas e ao vivo, conteúdos comentados e simulados on-line e presenciais. Todos os produtos são oferecidos em plataforma própria e por aplicativo.
Também desenvolveu uma Inteligência Artificial que avalia o desempenho do aluno em diversos temas e indica em quais pontos é preciso reforçar seus estudos.
A Medway foi uma das primeiras startups a ser incubada aqui na Eretz.bio. Esteve no nosso ecossistema de 2019 a 2021. Nesse tempo, seu time aproveitava as salas de reunião do espaço de coworking para gravar os vídeos das aulas. Hoje, possui sede e estúdios próprios e recentemente integrou o ranking Negócios em Expansão, organizado pela revista Exame.
Segundo a publicação, a startup teve receita de R$ 34,8 milhões em 2022, um crescimento de 86% em relação ao ano anterior, o que a colocou na 27ª colocação na categoria para as empresas que faturam de R$ 30 milhões a R$ 150 milhões por ano.
E, quase ao mesmo tempo, Remor, o CEO da Medway, passou a fazer parte do programa de mentores da Eretz.bio para contribuir com os empreendedores do nosso ecossistema.
MEDROOM
Pioneira na atuação no metaverso, a MedRoom, startup fundada por Sandro Nhaia e Vinicius Gusmão, criou o Atrium, um laboratório de anatomia totalmente em realidade virtual, completo e de alta fidelidade.
Acessada a partir de óculos de realidade virtual, a plataforma permite o atendimento de dois pacientes — um masculino e um feminino — cujas macroestruturas foram modeladas em 3D com aspecto realista e anatomia correta.
A MedRoom também foi uma das primeiras startups a fazer parte do ecossistema da Eretz.bio. Por aqui, nossa equipe fez a conexão entre a edtech e o Ensino Einstein para validação dos modelos virtuais.
“Teve um feedback que nos marcou. A gente tinha feito um coração em realidade virtual com o máximo de capricho. Assistimos a um vídeo de uma cirurgia cardíaca e o modelamos com base nessa filmagem”, disse Gusmão, em entrevista à equipe da Eretz.bio em 2020.
“Mas, quando fomos mostrar para a equipe do Ensino Einstein, nos falaram que estava errado. Explicaram que, na mesa de cirurgia, o coração fica de um jeito. No corpo humano, no tórax, por causa da gravidade e dos outros órgãos, o formato é diferente, e tivemos que refazer”, completou o empreendedor sobre o detalhamento do feedback recebido.
Em 2020, a MedRoom foi adquirida pela Ânima Educação. Hoje, ampliou sua atuação e também oferece casos clínicos em realidade virtual.
PEBMED
A Pebmed é a criadora do Whitebook, famoso aplicativo para médicos e que, segundo a edtech, ultrapassou os 350 mil usuários.
Muito usado por estudantes, inclusive os que estão se preparando para a prova de residência, o app funciona como uma espécie de bloco de anotações virtual e oferece conteúdo atualizado sobre a prática médica e portal de notícias sobre o tema.
Fundada em 2012 por Pedro Gemal, Eduardo Moura e Bruno Lagoeiro, cujas iniciais deram nome à startup, a empresa fez parte do ecossistema da Eretz.bio e, em 2020, foi adquirida pela Afya.
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Aproveitando o assunto startups com foco em educação em saúde, a Eretz.bio acabou de lançar o Programa de Aceleração de Edtech.
As startups que participarem dessa iniciativa poderão fazer projetos em parceria com o Ensino Einstein por até 24 meses, mesmo período em que receberá suporte dos especialistas da Eretz no desenvolvimento de seu negócio a partir de um plano de ação personalizado.
Acesse o site e confira mais informações sobre o Programa Einstein de Aceleração de Edtechs: eretz.bio/edtech