Empreender, para muitas mulheres, pode significar liberdade e autonomia. É a oportunidade de trilhar o próprio caminho, ao mesmo tempo em que pode garantir o controle da própria agenda, não ficando mais presa à tradicional jornada de trabalho. Ainda assim, o número de empreendedoras e fundadoras nas startups é baixo.
Segundo um levantamento feito pela ABStartups (Associação Brasileira de Startups) em 2019, dos mais de 12 mil empreendimentos mapeados, somente 15,7% eram liderados por mulheres. Além disso, em uma pesquisa feita em 2017, a associação tinha constatado que quatro em cada dez startups não tinham nem sequer uma mulher como parte da equipe.
Outro problema para as startups é que o desequilíbrio de gênero pode afetar os resultados. Dados compilados pelo Crunchbase apontam que a cada US$ 100 investidos por fundos de Venture Capital, somente US$ 13 vão para empresas que têm mulheres entre seus fundadores. Apesar da diferença de capital investido, estudo do Boston Consulting Group (BCG) aponta que as startups com lideranças femininas podem gerar 10% mais receita.
E exemplos de empresas disruptivas e inovadoras com mulheres na liderança não faltam.
Na área da saúde, Angela Hwang é presidente do Grupo Pfizer, uma das maiores farmacêuticas do mundo e que ganhou ainda mais destaque ao desenvolver uma vacina contra o coronavírus a partir da inovadora tecnologia de RNAm.
Joan Sheehan é vice-presidente de vendas da maior empresa de biotecnologia do Canadá, a STEMCELL Technologies. A companhia desenvolve produtos para serem utilizados como ferramentas em pesquisas científicas. E falando de tecnologias disruptivas, o YouTube foi um dos principais responsáveis por redefinir o entretenimento audiovisual nas últimas décadas. A CEO da empresa é Susan Wojcicki, que já foi apontada pela revista Forbes como uma das mulheres mais poderosas do mundo.
No Brasil, Cristina Junqueira tem se destacado como uma das principais lideranças no empreendedorismo. Ela é cofundadora do Nubank, fintech que se tornou o primeiro unicórnio (como são chamadas as empresas com valor de marcado superior a US$ 1 bilhão) brasileiro com uma mulher como sócia. Também foi a primeira mulher a aparecer visivelmente grávida na capa de uma revista brasileira de negócios.
Quem também se destaca no país é Luiza Helena Trajano, presidente do conselho do Magazine Luiza. Sob sua gestão, a empresa investiu fortemente em tecnologia se tornando referência em e-commerce e marketplace. O Magalu cresceu rapidamente e atingiu valor de mercado estimado em mais de R$ 150 bilhões.
E Maitê Lourenço, fundadora e CEO do BlackRocks Startups, se tornou um dos grandes nomes do ecossistema de inovação no país. Além disso, ela foi finalista do Startup Awards, na categoria Impacto Social, e eleita uma das mulheres inspiradoras da Think Olga e foi premiada pela revista Veja.
As mulheres também são destaque no ecossistema da Eretz.bio. As empreendedoras representam 27,8% dos fundadores das startups incubadas aqui, quase o dobro da média nacional. Valorizamos o trabalho feito por essas empreendedoras e buscamos dar suporte a elas em todas as fases de sua jornada de inovação.
No infográfico abaixo, você fica conhecendo quem são elas. Arraste para o lado para ver todas elas.
E se você quiser saber como fazer para entrar no mundo da inovação e do empreendedorismo, participe da nossa live “Quero Empreender. Como começar?”, que acontece no dia 11 de março, às 18h, no Instagram da Eretz.bio: https://www.instagram.com/www.eretz.bio/
O debate contará com a presença de Dani Junco, fundadora da B2Mamy, e de Luisa Cusnir, COO da N2B, startup que faz parte do ecossistema da Eretz.bio.
(com colaboração de Gabriela Alves, sob supervisão de Felipe Giacomelli e Tauan Sousa)